Confronto na ALEPE - Estado
laico versus fundamentalismo religioso
A Alepe foi palco, nessa segunda-feira (18), de confronto
entre o fundamentalismo religioso de deputados evangélicos do PP, PROS e PSB e
o misto de ideologia com liberalismo de conceitos, costumes e laicidade do PSOL
e do PT. Resultado do confronto: um pedido de repúdio ao PSOL e um pedido à
Mesa Diretora da Casa para regulamentar o tempo dos apartes a discursos de quem
estiver na tribuna.
Ao discursar criticando as informações "não
satisfatórias" do vice-governador Raul Henry (PMDB), sobre a Arena
Pernambuco, o deputado Edilson Silva (PSOL) foi surpreendido por apartes dos
evangélicos Cleiton Collins (PP), Adalto Santos (PSB) e Joel da Harpa (PROS),
que trataram sobre assunto que não dizia respeito ao tema abordado por
Edilson nem ao Estado.
Os três pediram "repúdio" ao PSOL pela expulsão,
sábado (16), do deputado federal Cabo Daciolo (RJ), que é evangélico e autor da
PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para substituir, na Constituição do
País, a frase “todo poder emana do povo” pela expressão "todo poder emana
de Deus".
A reação de Edilson Silva foi de indignação, considerou-se
desrespeitado por os apartes não se referirem ao tema e acusou os evangélicos
de terem atrapalhado seu raciocínio.
Em solidariedade ao PSOL, a petista Teresa Leitão acusou os
evangélicos de interferência em outro partido, desrespeitando as normas
internas da legenda a qual não pertencem. "Essa é uma questão de mérito. A
Constituição é para todos, inclusive os que não crêem. Não se pode inpor a fé
de ninguém. O problema de vocês é esse: querem pegar a Carta Magna, que é para
todos, e fazer ela restrita à sua fé", disse.
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