terça-feira, 19 de maio de 2015


Confronto na ALEPE - Estado laico versus fundamentalismo religioso

A Alepe foi palco, nessa segunda-feira (18), de confronto entre o fundamentalismo religioso de deputados evangélicos do PP, PROS e PSB e o misto de ideologia com liberalismo de conceitos, costumes e laicidade do PSOL e do PT. Resultado do confronto: um pedido de repúdio ao PSOL e um pedido à Mesa Diretora da Casa para regulamentar o tempo dos apartes a discursos de quem estiver na tribuna.

Ao discursar criticando as informações "não satisfatórias" do vice-governador Raul Henry (PMDB), sobre a Arena Pernambuco, o deputado Edilson Silva (PSOL) foi surpreendido por apartes dos evangélicos Cleiton Collins (PP), Adalto Santos (PSB) e Joel da Harpa (PROS), que trataram sobre assunto que não dizia respeito ao tema  abordado por Edilson nem ao Estado. 

Os três pediram "repúdio" ao PSOL pela expulsão, sábado (16), do deputado federal Cabo Daciolo (RJ), que é evangélico e autor da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para substituir, na Constituição do País, a frase “todo poder emana do povo” pela expressão "todo poder emana de Deus".

A reação de Edilson Silva foi de indignação, considerou-se desrespeitado por os apartes não se referirem ao tema e acusou os evangélicos de terem atrapalhado seu raciocínio. 

Em solidariedade ao PSOL, a petista Teresa Leitão acusou os evangélicos de interferência em outro partido, desrespeitando as normas internas da legenda a qual não pertencem. "Essa é uma questão de mérito. A Constituição é para todos, inclusive os que não crêem. Não se pode inpor a fé de ninguém. O problema de vocês é esse: querem pegar a Carta Magna, que é para todos, e fazer ela restrita à sua fé", disse. 

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