sábado, 28 de março de 2015

Bate papo com José Augusto Maia 


O “Bate-Papo do Direto ao Ponto” recebeu na ultima quarta-feira (25), o locutor, radialista, músico, compositor e político José Augusto Maia. O quadro, que vai ao AR nas quartas-feiras, busca conhecer melhor as personalidades da região. Vida, carreira profissional e curiosidades da vida do convidado. 

Veia artística 
Reconhecidamente como bom compositor, Zé lembrou que desde criança já demonstrava suas habilidades e vocação para música. “Desde os 8, 10 anos já tocava violão num grupo de escoteiros, o João 23”, falou. 

Do ‘Trombetão’ para o Rádio 
Quando jovem, o político fazia propaganda num carro de som que ficou famoso na cidade como o “Trombetão”. Não demorou muito para ser visto e levado para o Rádio. José Augusto lembra, no entanto, que a questão política, inicialmente lhe atrapalhou. 

“A Rádio Vale ia ser inaugurada e só eu não fui convidado por cauda da questão política. Fiquei muito triste por que todos os meus colegas da época foram chamados e eu fiquei de fora. Já era um cara da comunicação, mas não me chamaram para fazer os testes de locutor”, disse. 

No entanto, pessoas ligadas à rádio, percebendo a qualidade e trabalho feito nas ruas com o ‘trombetão’ resolveu lhe levar. “Me viram nas ruas fazendo as propagandas e, enxergando a questão financeira por que seria rentável também para a rádio me levaram [...] No primeiro programa, no meu horário, foi um especial de Renato e Seus Blue Cap’s que eram um tremendo sucesso, à época, foi quando iniciou minha história no rádio”, relembrou. 

Carreira Política 
A primeira disputa eleitoral aconteceu em 1988, quando se elegeu vereador pelo PMDB. Desde então passou pelos cargos de Vice-prefeito na gestão de Aragãzinho (1992), retornou à Câmara em 1996, quando foi o mais bem votado da legislatura e conseguiu a presidência da Casa, prefeito em 2000, ficando no cargo até 2008 e deputado federal em 2010. 

Divisor de águas
Em 1996 um fato histórico marcou para sempre os rumos políticos na Capital das Confecções. José Augusto e o atual prefeito Edson Vieira, foram para as urnas no mesmo palanque disputando o mesmo cargo: Deputado Estadual. Nenhum obteve êxito, ratificando a desunião e o falecimento do grupo ‘cabecinha’ e logo após a fundação dos ‘taboquinhas’, com Edson no outro lado político.   
“Sentia nos meios populares que era a hora e acreditava no meu potencial, mas também era um teste dependendo da quantidade de votos que tivesse na cidade”, falou e prosseguiu mais a frente “Eu não fui eleito, mas ganhei à época de Edson e de Augustinho na cidade que me deu com 2 anos força política para disputar a prefeitura dois anos depois". 

O salto e nova intriga 
Passada as vitórias para prefeito em 2000 e 2004, José Augusto Maia sentiu que estava hora de voos mais altos, e em 2010 o grande passo político com a eleição para Câmara Federal, ser o primeiro representante de Santa Cruz do Capibaribe em Brasília. Antes disso teve, porém, a intriga com Diogo Moraes... 

José Augusto conta que houve uma reunião no Recife, com o então governador Eduardo Campos, onde ficou estabelecido de que Zé e Diogo seriam federal e estadual, respectivamente em Santa Cruz e Região. No entanto, prefeitos da Região (Taquaritinga e Jataúba) apoiadores de Diogo, não queriam Zé de aliado. 

“Todos ficaram com Ana Arraes e eu tive que buscar Cecílio Galvão. E foi uma guerra difícil. Diogo se colocava como aliado, usou uma estratégia, mas mesmo assim, me salvei e fui eleito numa das campanhas mais difíceis”, relatou. 

A grande derrota
Mais de dois anos após a derrota para Edson Vieira, em outubro de 2012, Zé afirma que “um conjunto de fatores, decidiram as eleições”, e fala em dinheiro do adversário, desgaste do antecessor e traições. 

“A derrota ocorreu por uma série de fatores, um conjunto. Eu tinha uma história de trabalho, como sempre tive. Posso dizer que o dinheiro venceu o trabalho. Mas não foi só isso... O desgaste de Toinho que estava na saúde e jogaram para mim [...]Vim descobrir depois muitas coisas, muita traição dentro do grupo político”, falou, mas não quis revelar quem seriam ‘os traidores’. “Mas tenho que aceitar que perdi, e perdi com honra”, acrescentou. 

Jogo rápido 
Convidado para definir em poucas palavras, Zé respondeu o seguinte:

Miguel Arraes – Insubstituível.  Uma lição de vida
Eduardo Campos – Que deus o tenha em um bom lugar
Armando Monteiro – Grande homem para Pernambuco e vai continuar sendo 
Dilma Rousseff – Passa por um momento difícil, se conseguir sair disso tudo, vai ser uma heroína 
Eduardo da Fonte – Pula
Aragãozinho – Ser humano maravilhoso
Fernando Aragão – Companheiro de muitas histórias, teve varias oportunidades na vida, para ser vice não foi para prefeito comigo não foi, poderia me apoiar nessa não foi, mas gosto muito dele. 
Ernesto Maia – Pula (Depois volta atrás) Não, Ernesto eu só lamento. Era minha cara metade, amigo e fiel, e só lamento o que aconteceu. 
Edson Vieira– Um cara de muito dinheiro, forte. 
Boca preta- Um lado, vai ser difícil tirar esse nome “boca-preta”. 
Tabqouinha - Outro lado também vai ser difícil acabar, Santa Cruz tem dois lodos e está no sangue das pessoas. 
Santa Cruz do Capibaribe – Tudo na minha vida. 

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