O último debate
televisivo dos candidatos ao governo de Pernambuco, realizado na noite desta
terça-feira (30) pela TV Globo, teve forte polarização entre os dois principais
postulantes ao Executivo estadual, Armando Monteiro (PTB) e Paulo Câmara (PSB).
Em vários momentos, o petebista e o socialista se atacaram mutuamente. O
candidato do PSol, Zé Gomes, que também participava do embate, acabou ficando à
margem das principais discussões.
Na primeira oportunidade, Armando perguntou a
Câmara o que ele pensava da contribuição do ex-presidente Lula e da presidente
Dilma ao governo de Pernambuco. O socialista respondeu que recebeu sim
contribuições, mas que as obras só andaram porque o estado sempre teve bons
projetos. Armando respondeu que Paulo sempre se utilizava de discursos
decorados, que o estado recebia muitos recursos federais e não investia e que
ele se apoiava demasiadamente na figura do ex-governador Eduardo Campos.
Paulo rebateu e afirmou que Armando, por sua vez,
se guiava pelas pesquisas. “Quando você estava na frente Eduardo era bom,
quando caiu não era mais. Quando Dilma tava em baixa você escondia ela, quando
subiu agora você voltou a mostrar”, disparou.
Quando teve a oportunidade de perguntar ao
petebista, Câmara questionou Armando sobre o que faria para valorizar os
servidores públicos e quais as propostas para eles. Armando agradeceu a
pergunta e disse que Paulo quando secretário foi responsável por promover arrocho
contra os trabalhadores e que não tinha autoridade para falar em dobrar salário
de servidores se, na melhor época de Pernambuco, não havia feito.
Armando com direito à pergunta de novo,
questionou o uso abusivo da imagem de Eduardo e disse que Paulo não tinha
lastro político próprio. O socialista afirmou que falaria do ex-governador
quando bem entendesse, que ele era um exemplo que seguiria pelo resto da vida.
Agregou que lastro político teria com o tempo e que não queria exercer um tipo
de política que incluísse amizades com Collor, Renan e Sarney.
Quando o candidato Zé Gomes participava das
discussões, também fazia questão de atacar os dois adversários e colocá-los
como iguais. Paulo questionou o representante do PSol sobre economia e geração
de empregos. Gomes afirmou que era necessário desmistificar a realidade. Que na
verdade o estado observou crescimento econômico mas não houve desenvolvimento
social. "Indicadores sociais não melhoraram, o transporte público e a
mobilidade são problemas sérios. Precisamos de um modelo mais inclusivo e nós
teremos coragem de fazer a inversão de prioridades", disse Zé Gomes.
Em outra oportunidade, Zé Gomes questionou Paulo
acerca de sua opinião sobre a criminalização da homofobia e da união civil de
pessoas do mesmo sexo. Ainda pontuou que pessoas ligadas à Frente Popular, como
o deputado federal Pastor Eurico, tinham posições extremas quanto ao público
LGBT. Câmara disse ser tipo contra qualquer tipo de discriminação e que a
questão da criminalização era um debate do Congresso Nacional. Agregou que
criaria uma lei de enfrentamento à homofobia para garantir que todos os
cidadãos pudessem ser respeitados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário