domingo, 17 de agosto de 2014


Um novo momento... Uma nova eleição


Com a trágica morte do ex-governador e presidenciável Eduardo Campos, os cenários mudam completamente do que já estava posto, apesar de óbvio alguns pontos merecem ser destacados.

Uma forte terceira via  


Campos surgia como uma opção viável, para quem estava cansado do monopólio PT x PSDB no âmbito nacional, o seu partido o PSB sairia fortalecido das eleições e ele figuraria como um dos principais nomes já para 2018. Eduardo era quem melhor construía esse caminho e os resultados crescentes do PSB apontavam isso.

Como fica o PSB 
Nesse momento em que seu líder maior desaparece bruscamente, resta ao partido se engajar nessa campanha presidencial que já aponta Marina como cabeça da disputa. Chegando ao segundo turno ou vencendo as eleições o PSB dispara na frente e se consolida, caso não chegue ao segundo turno, Marina deve lutar para formalizar a sua Rede Sustentabilidade. O PSB precisa ter muita habilidade nesse momento delicado e se unir nacionalmente e nos estados onde conta com candidaturas.

Eduardo E Marina 
Em nenhuma campanha presidencial o nome de uma vice nos materiais publicitários teve o mesmo destaque do presidente quanto nessa dupla que se uniu na prorrogação eleitoral.

Marina Silva 
O nome dela enche de imprevisibilidade o pleito. Marina já foi testada em 2010 e obteve quase 20 milhões de votos (19,33% dos votos válidos) e nas pesquisas desse ano aparecia com o dobro das intenções de voto de Eduardo. Marina tem seu maior desafio de manter acesa a chama de Campos na campanha desse ano e mira em Aécio Neves (PSDB) atual segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto.

Aécio Neves 
O tucano se vê numa encruzilhada nesse momento, suas propostas não chegam com clareza aos eleitores e suas criticas não atingem com a força necessária o PT da Dilma. Aécio procura, sem sucesso trazer algo novo para a disputa.

Dilma Rousseff 
A presidenta é quem mais perde com a entrada da Marina na disputa. Membros da cúpula petista já preparam dossiês contra a ex-aliada, Marina que foi ministra de Lula, consolida o segundo turno no pleito deste ano. 

Novas estratégias 
Muitos materiais de campanha estão sendo refeitos, guias com criticas ao então candidato Eduardo devem ser deixadas de lado e o tom emocional deve comandar esses primeiros momentos de campanha, que só deve esquentar novamente em meados de setembro.

E Pernambuco...

No Estado de origem de Eduardo que conta com o Paulo Câmara (PSB) como seu candidato contra o senador Armando Monteiro (PTB) a emoção deve ser a tônica da campanha, que deve contar com a presença de Renata Campos, a principal confidente e conselheira de Eduardo nesses anos.

Gilberto Silva

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