O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, morreu aos
49 anos em um acidente com um avião na manhã desta quarta-feira (13) em Santos
(72 km de São Paulo). A campanha confirmou a presença do candidato no avião. O
avião modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, vinha do Rio de Janeiro e tinha sete
pessoas a bordo. O Corpo de Bombeiros confirmou que não há sobreviventes.
Além de Campos, morreram os pilotos Geraldo Cunha e Marcos
Martins, o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho, o fotógrafo
Alexandre Gomes e Silva e ainda Pedro Valadares Neto e Marcelo Lira. Chovia e
ventava no momento do acidente.
Eduardo Campos nasceu em 1965, neto de um grande nome da
política nacional, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Iniciou a vida
política ainda na década de 1980, ao lado do avô. Foi candidato a prefeito de
Recife, já foi deputado federal e ministro da Ciência e Tecnologia no primeiro
mandato do presidente Lula. O acidente que vitimou Campos aconteceu no mesmo
dia da morte do avô, Miguel Arraes: 13 de agosto de 2005.
Em 2006 se lançou como candidato ao Governo de Pernambuco,
numa campanha em que aparecia nas primeiras pesquisas em posições pouco
favoráveis. Com o início da campanha foi ganhando espaço e desbancou Humberto
Costa, candidato do PT à época, e chegou
ao segundo turno, quando disputou e saiu vitorioso na disputa com Mendonça
Filho (DEM).
Eleito para um segundo mandato em 2010, o governador
apresentou a maior eleição na história da democracia brasileira: mais de 80%
dos votos válidos para governador em Pernambuco foram para Campos.
O socialista, presidente do PSB, deixou cargo de governador
no início de 2014 para se dedicar à campanha presidencial, entrando em embate
direto com o PT, que começou ainda no pleito municipal de 2012, quando o
partido socialista decidiu lançar candidato próprio para Prefeitura de Recife.
Em novembro de 2013, o PSB resolveu entregar todos os cargos que ocupava no
governo federal, deixando de vez a base governista.
Recentemente, Eduardo Campos desferia várias críticas à
presidente Dilma Rousseff (PT), porém
sempre se mantendo com reservas ao falar do ex-presidente Lula, um de seus
padrinhos políticos.
Campos se lançou candidato a presidente numa chapa com a
ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva (PSB/REDE), terceira colocada na
eleição presidencial de 2010, quando conquistou 20 milhões de voto.
Marina foi impedida de criar sua própria legenda por falta
de assinaturas. A chapa de Campos e Marina aparece nas pesquisas de intenções
de voto na terceira colocação.
Eduardo era casado com a economista Renata Campos. Ele deixa
cinco filhos, o mais novo, Miguel, tem menos de 1 ano.
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