segunda-feira, 7 de julho de 2014

Sem choro, nem vela - depois de algumas semanas de muita expectativa, Zé Augusto resolveu dar uma pausa em sua carreira política. Com o discurso de sacrifício em nome dos Taboquinhas, ele anunciou que não seria candidato a reeleição, nem tampouco a federal. De quebra, Zé disse que seu filho, Tallys, também não concorrerá a nada, ao menos nesta eleição.

Tudo mudou? - em meio a familiares, Zé Augusto concedeu uma entrevista coletiva em sua residência e falou do passado, do presente e deixou seu futuro em aberto. “Eu seria um deputado estadual quase praticamente certo, estou abdicando isso pelo bem do nosso partido. Não adiantaria ser eleito deputado estadual, deixando o grupo dividido, jamais faria isso”, disse ele, que na última semana afirmou que nem Ernesto, nem Toinho teriam chances de se eleger. Para ele, tudo mudou agora.

Nem o plano A, nem o B - a verdade é que Zé Augusto sabe muito bem que não tinha chances de sucesso na busca pela reeleição e uma “aventura estadual” também seria rodeada de riscos. O nome de Tallys surgiu como um plano B, mas também não decolou, e assim como em 2012, foi deixado em stand-by para 2016.

Argumento na ponta da língua - Zé Augusto tem agora um baita discurso para 2016, seu alvo, de agora em diante. O tal sacrifício de agora será cobrado com juros e correção na próxima eleição municipal. Zé não dá ponto sem nó e a sua atual solidariedade, poderá custar caro para algumas figuras do grupo de oposição, que ainda sonham em disputar a prefeitura de Santa Cruz.

Indefinido - um ponto que ainda não ficou claro é: ‘quem será o federal do grupo Taboquinha a partir de agora?’. Na última semana o blog Sulanca News divulgou que o federal de Zé seria Jorge Corte Real, fato que já era especulado por muitos na cidade, inclusive por mim, mas negado por ele mais adiante. 

Seriam insensíveis? - Ernesto e Toinho teriam, em tese, intenção de apresentar outros federais, no entanto, resta saber se, diante o sacrifício de Zé eles serão convencidos a acompanharem o nome apresentado pelo deputado, que no fim das contas deve mesmo ser Corte Real.

Os mal assombros - outros dois fantasmas também atormentavam Zé, mas não foram pauta da entrevista coletiva do último sábado: a lista enviada pelo TCE ao TRE com a relação de políticos considerados ficha-sujas e a bendita ata do PROS, que oficializou a relação dos nomes que poderão concorrer a eleição deste ano, enviada pelo partido para a Justiça.

Ele tá lá - na lista do TCE Zé é presença garantida. O nome dele é apontado em nada mais, nada menos, que em sete processos, todos referentes a sua passagem pela Prefeitura de Santa Cruz. Confira abaixo a ficha de Zé no TCE:

Ele não tá lá - já na ata do PROS o nome de Zé não foi incluso. Assim como o Blog Direto ao Ponto antecipou na manhã da última quarta-feira (02), nem o nome dele, nem o de Tallys estariam na relação da legenda.

O Blog Direto ao Ponto estava certo o tempo todo - Zé negou, meia dúzia de ‘cegos seguidores’ chegou a bater no blog através de redes sociais, mas no fim das contas, mesmo se Zé quisesse, o PROS não liberaria a legenda para que ele concorresse.

E ainda tem mais - restam julgamentos que poderão enquadra-lo imediatamente na Lei do Ficha-Limpa, tornando-o inelegível por até oito anos.

Vale a pena refletir - diante de tudo isso, fica a pergunta: de quem foi o sacrifício mesmo?

César Mello

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